25 de abr. de 2008

Perto, longe...


Não,
não é amor o que tenho por você
talvez um dia fosse
mais é uma coisa que dói lá dentro
que me destrói pra sempre
não sei dizer o que seria a nossa vida juntos
nem o que teríamos feito
que filme teríamos visto
qual o nome dos nossos filhos
qual endereço de nossa casa
qual a cor do nosso quarto
qual o nome dos vizinhos...
Só sei que dói como um fio de lágrima perdido.
Não é amor
talvez paixão
Sei lá...
só sei que dói
como se um dia o mundo fosse acabar
e eu ficasse aqui sozinho
só sentindo saudade
e pena de mim.
Serie melhor dizer que te amo...
Talvez você mudasse de idéia
e ficasse comigo
mas eu sei que não é amor que sinto
quem sabe uma maneira mais fácil de chegar a loucura.

Céu e Inferno


Odeio esse gosto de gostar
Odeio não saber lhe dizer não
E até Deus sabe que os anjos também caem.
Um dia no céu...
...mesmo que encoberto por nuvens
O outro lá o inferno me espera.
Odeio ter sempre razão
Odeio saber a coisa certa
Odeio chorar de medo
Odeio me sentir sozinho
Odeio falar de você pro espelho
Odeio te negar três vezes
Odeio não rezar pra dormir
Odeio ter medo de não te ver
Odeio sair sozinho
Odeio você distante
Odeio você com outro
Odeio você sem mim
Odeio o amor que tenho
Mas o que mais odeio
é esse meu jeito de não conseguir te odiar pra sempre.
Mas agora creio no riso
e na lágrima
Como antídoto desse ódio e amor.

Lágrimas


Chove-me tu na alma
Solitária, nua
Chove-me tu em prantos longe
como se fosse ser humano
Chove tu em fatos
como se ávida me negasse o dia
Chove-me tu em prantos
como se o tempo não fosse culpado de nada
Chove-me tu sozinha
Chove-me tu...
...já tendo enxugado as lágrimas
chovo em ti com meu sentimento
Duas lágrimas me restam...
...melhor assim,
tento sofrer mais tarde.
Chove-me tu
Chovo em ti.

Onde...?


Onde está você que vem no silêncio roubar meu sono,
que traz a tarde como vento
e a noite como sonho?
Onde está você que acorda cedo
e vai pro vento,
que molhar as pernas na água salgada
querendo mesmo mergulhar nua.
Onde está você que nunca chega,
que a distância me confunde,
que a criança tira o tempo
e que o passado não abandona?
Onde está você que sempre vem,
que nunca chega
e vai embora?
Onde está você?
Onde estão meus sonhos
Onde estarei daqui a alguns anos...?
E então e nós....!

Olhos abertos


Debruçado na janela vejo a vida passar
abro a porta a deixo entrar
e vai ficando
e passa o tempo
e passa...
Debruçado na janela vejo a chuva
e o dia,
um anjo,
uma mulher,
e passa...
e passa querendo ficar.
Fico na janela vendo tudo passar
vejo crianças correndo
carros,
sinal do vento,
os primeiros e últimos raios de sol...
E essa anjo que não volta
e passa outra vez querendo entrar.

Ontem não... (Jamais)


Pegadas na areia....
...as águas batendo nas pedras
E aquele chiiiii.... que eu não ouvir
só você ouviu.
Como se a natureza chamasse a atenção.
E eu pensei que fosse ontem que deixaria de ser criança.
Pensei que fosse ontem que teria a seiva na minha boca.
Pensei que fosse ontem que seria só eu
Pensamento que se vai
que muda como as ondas e o vento...
Numa noite a felicidade lambe teu rosto
No outro dia a tristeza bate na tua cara.
Pensei...
Sonhei...
Sofri...
Mas nada será como antes
Pensei que fosse agora
Só pensei mais a realidade é outra.

Cotidiano


Observando aquele cachorro deitado no segundo degrau da escada,
abre a boca...
fecha os olhos...
Ah!... Que preguiça.
Pessoas e carros passam,
um cheiro de perfume e gasolina no ar,
vozes quem vem de dentro da casa,
choro de criança perece de dor...
O pensamento vai longe...
Bebo um cafezinho...
Acendo um cigarro,
e na fumaça o pensamento se confunde.
Putz... Pra onde foi tanta promessa?
Esse telefone que não toca...
A internet que não responde.
Onde estará e o que estará fazendo você agora?

23 anjos


Agora sei o que são essas vozes
que vem de dentro de mim,
são 23 anjos que voam
sobre a minha cabeça,

mas que deixam
suas pegadas na areia.
Como saber,
como explicar...
A mágica do sentimento expila tudo isso...

Trazem consigo um cheiro de mar

em seus corpos.
Um cheiro conhecido...
E o último anjo que passa,

o mais lindo,

sorrir pra mim
como se quisesse mostrar
que mesmo os anjos sentem saudade.

Inesperado


Pense em algo diferente
pra beber,
pra comer,
pra vestir,
pra sentir.
Pense em algo que a vida trouxe
pra você,
o inesperado....
Coisa essa que faz você
sentir vontade de tentar.
Pense no diferente,
experimente.
Eis-me aqui,
a diferença que a tua vida
só vai querer a partir de agora.
Amo tudo em você Minha Linda.

Confusão


O dia mal começou
e lá se vai embora....
aqui o que restou de lembrança
nada, mas importa
nem tem sentido.
Tua chuva não me molhou,
chuviscou meu coração
o bastante pra me afogar,
mas quando a chuva cair,
lembre-se,
estarei aqui
ou aí, sei lá...
Você tem o poder de tocar nas estrelas
do céu do meu ser...
Mas você não é sim nem não....
Noites solitárias
e camas vazias.
A minha vazia de você,
a sua...
sei lá...
nem sei o que pensar.
Já não tenho escolha
participo desse seu jogo
sem saber como jogar.
Roubou meu sorriso com o seu....
Devolva meu sorriso
com esse beijo que não me deu ainda...
Pois agora amo
sem saber exatamente o que é amar.

Constatação


Diz então o que fazer
diante desses olhos?
Um oceano de possibilidades,
assim então...
mergular,
navegar
sucumbir...
A ti resta se entregar
ao mais puro bem estar
e a boca nada dizer
apenas beber
da sensação de ser amada.
O que fazer...?
Nunca mais serei o mesmo,
nunca mais...
Só nos resta então...
sucumbir,
navegar
mergulhar.

Resposta


Play,
Sade começa a cantar
tantas pessoas passam
tantos carros
luzes
faróis
e bem em frente ao shopping
nada vejo
nada sei.
Tento buscar no passado
o que não se tem resposta,
a música vai invadindo meu pensamento...
...a música está quase acabando,
e nada acontece.
Fecho os olhos
e aí vejo você.
Fecho os olhos pra te encontrar,
fechos os olhos e tenho você comigo, agora.
A melodia quase acabando
e a saudade também... Será?
Fechos os olhos e tenho você
na cabeça
e no coração.
Abro os olhos
a música acabou e nada,
nada...
Só as pessoas
os carros
as luzes
os faróis
e bem em frente ao shopping
nada vejo...
... não encontro você.

Meu anjo


Jogo teu nome ao vento
Uma, duas, três vezes...
Logo o tempo responde e agora
Ignoro o que seria solidão, pois
Agora tenho a companhia das estrelas.

Meu coração, agora, vaga repleto de ti
E o sonho quase se faz realidade
Uma, duas, três vezes mais...

Anjo, meu anjo, amo você.
Nada tenho aqui comigo, pois agora
Jogo o teu jogo
Ontem, hoje e sempre, e

Durante a madrugada
Ouço o vento bater na janela, é
Um anjo que vem chegando, trazendo um beijo guardado,
Raios de sol dos seus cabelos
Amanhece o meu sorriso
Durmo quase sem perceber
O que meu anjo trouxe guardado pra mim.

Anjo dourado


Você é meu anjo
e a chuva que está sempre por vir
e quando por fim chegar
vai me molhar de uma maneira tanta
que encharcará todo meu coração.
Anjo dourado,
Mãe,
Criança,
Menina,
Linda,
Mulher,
Que deixa sem querer
fios de cabelo cair na boca
que a língua lambe
e aquece ainda mais
pensamentos,
desejos...
Agora ouço o bater das asas
É meu anjo que chega
e não se demora...
Um beijo fugaz
e lá se vai meu anjo,
derramando todo ouro,
prometendo voltar.
Meu anjo dourado,
Minha Linda...,
deixa comigo sonhos
e gotas
pequenas gotas de você.

Fotografia # 2


Olho sua fotografia
ela me devolve o olhar,
que não é meu,
não é para mim.
Os olhos que refletem
no centro do espelho
um desejo que é só seu,
um segredo
ou sentimento.
Fito essa fotografia
e ela a me fitar também,
mas nada me diz,
qualquer palavra
saem da boca
dessa mesma fotografia
que me olha
e se esconde por trás do papel
ou tela do computador.
E aqui estou eu
a imaginar o que esses olhos
querem dizer
ou mesmo num átimo instante
sonhar...
imaginar...
desejar
que o mesmo desejo
seja próximo do meu.

Lembrança, quase saudade...


Se a chuva cai,
se a lua não vem
simplesmente...
penso em você.
Minha cabeça dói, agora,
mas não paro de escrever
a inspiração foge do papel
e aí...
penso em você,
pego ela pelas asas,
que molham meus dedos.
O barulho da rua,
os outros que passam,
uma conversa chata no carro,
- Droga essa gente não cala a boca,
e daí...
estou aqui em boa companhia
lembrança da chuva
que caiu horas depois
deixando um cheiro bom no ar.
Um anjo passa
na lembrança passada
que logo estará de volta
em um lugar qualquer dessa cidade.
Meu anjo volta pro papel
e deixa mostrar o que escrevo de ti.

Saudade # 2 (A Júlia)


Seria bom estar sob a chuva nesse momento,
mas não chove,
só o vento frio que entra pela janela do carro,
nessa noite de quinta-feira
tantos carros passam,
faróis acessos...
Mas não chove,
nessa noite que não esta fria,
só o vento que entra pela janela do carro,
o sinal fecha,
pessoas passam
e a chuva não vem...
Não vem...,
só o tempo teima em passar devagar....
passa o tempo...só mesmo a chuva que não vem.

Meu medo (Medo...)


Medo...
Não, não tenho medo da morte,
Já que logo no momento da concepção,
do átimo choque do oxigênio com os frágeis pulmões,
ao berro...,
choro...,
sopro de vida, ao nascer,
já caminhamos involuntariamente para a morte,
assim somos mortais.
Medo...
Sim, medo da impiedosa solidão,
o estar...,
o permanecer...,
o viver só.
Nem mesmo o amor,
frágil sentimento devastador,
é capaz de superar.
Pois o que adiante amar,
ser puro amor,
só respirar amor
e não tê-lo.
Medo...
Vício de amar sozinho.

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