11 de dez. de 2008

Olhos de mentira


Os olhos daquela mulher chamam-me,
não porque me queira,
mas por simples possessão
no teu gotejar de lágrimas,
na sofreguidão de não amar.
Dissimulada,
morna,
olhos de mentira.
E a tua boca calasse
a as palavras chama-me aqui de dentro
afogam-se ao coração,
chama-me aqui de dentro,
calam-se aqui de fora.
Tudo é infinito no momento da solidão
a dor,
a raiva,
a pressa,
a espera
e até mesmo o amor
quando não mais o tem
em si mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poema, triste sim mas muito belo, parabens poeta.

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