10 de dez. de 2008

Desamar


Se tu me amaste,
então amaste diferente,
egoísta,
amaste pra dentro,
recluso em si mesmo teu amor nunca chegou a mim.
A tua mascara cai por terra
E eu junto os pedaços do que pensei ser verdade.
Não te odeio,
não te tenho raiva,
tenho sim,
de mim mesmo por não saber desamar.
Mesmo que o real contexto do meu eu
traga pra fora as mesmas sombras do passado,
que ainda estão refletidas no muro branco,
sobre o teu nome,
tenha a certeza de que não tenho mais motivos para ficar...
Não querer ficar é a mentira que digo,
pra mim mesmo mil vezes,
pra aceitar que não só a porta fechou-se,
mas a janela que deixei aberta
o vento agora começa a fechar para sempre
e a luz que vinha de dentro,
antes fraca,
por fim apagou-se.
Posso não ter eu a mesma loucura,
contudo nunca deixei de te amar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito resiguenante ,e muito decidido poema ,gostei muito !! Parabens

xana_81@msn.ch

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